sábado, 30 de abril de 2011

Mapa Conceptual

Organização do Sistema Educativo Português

Sobre o Currículo...

    O currículo constituiu um dos factores que maior influência possui na qualidade do ensino. Este aparente consenso, esconde um equívoco. Não existe uma noção mas várias noções de currículo, tantas quantas as perspectivas adoptadas  O curriculo continua a ser frequentemente identificado, com o "plano de estudo". Currículo significa, neste caso, pouco mais do que o elenco  e a sequência  de matérias propostas para um dado ciclo de estudos, um nível de escolaridade ou um curso, cuja frequência e conclusão conduzem o aluno a graduar-se nesse ciclo, nível ou curso. "Em termos práticos, como escreve Ribeiro (1989), o plano curricular concretiza-se na atribuição de tempos lectivos semanais a cada uma das disciplinas que o integram, de acordo com o seu peso relativo no conjunto dessas matérias e nos vários anos de escolaridade que tal plano pode contemplar".   Este conceito de currículo, muito próximo do conceito de programa, como foi formulado por Bobbit (1922), evoluiu para um conceito mais amplo que privilegia o contexto escolar e todos os factores que nele interferem. Procurando traduzir estas novas concepções Ribeiro (1989), propôs a seguinte definição mais operacional de currículo : "Plano estruturado de ensino-aprendizagem, incluindo objectivos ou resultados de aprendizagem a alcançar, matérias ou conteúdos a ensinar, processos ou experiências de aprendizagem a promover". 
    Mas o curriculo não é apenas planificação, mas também a prática em que se estabelece o diálogo entre os agentes sociais, os técnicos, as famílias, os professores e os alunos. O currículo é determinado pelo contexto, e  nele adquire diferentes sentidos conforme os diversos protagonistas. 

terça-feira, 19 de abril de 2011

Pedagogia de projecto

Pedagogia de projecto
O que é e para que serve?


Todos nós trabalhamos com projectos em todos os momentos da nossa vida.

Na escola ou no jardim de infância, o projecto é uma forma de ajudar a criança a aprender de maneira prática, tornando a aprendizagem atraente e eficaz.
A realização de um projecto exige processos mentais, tarefas físicas e propostas de problemas e respostas a várias questões.
O projecto parte de uma situação-problema, um desafio para o encontro da solução.
Através do projecto, a criança é incentivada a:
  1. desenvolver actividades com objectivos concretos;
  2. realizar tarefas produtivas;
  3. desenvolver a compreensão por meio da experiência;
  4. desenvolver a iniciativa e a responsabilidade;
  5. estimular a perseverança na realização de tarefas;
  6. valorizar o trabalho cooperativo;
  7. desenvolver o pensamento reflexivo;
  8. ampliar campos de interesses.

Fases de um projecto

  1. Intenção e Incentivo: Inicia-se um projecto quando se percebe um grande interesse por parte das crianças por um determinado assunto ou situação concreta. O educador/professor deve aproveitar esse interesse para desenvolver o assunto e propor questões (desafios) para a resolução do problema ou situação.
  2. Preparação do plano de trabalho: Realizam-se pesquisas, procurando os instrumentos necessários, planeando as actividades para a solução dos problemas. Esse roteiro funcionará como referência para a realização do trabalho.
  3. Execução: É a fase da acção e a mais estimulante para as crianças. Nesta fase podem surgir dificuldades, erros e imprevistos e as crianças serão orientadas a resolvê-los e a continuar o trabalho. O educador/professor deve estar atento e estimular as crianças, valorizando o seu desenvolvimento e acompanhando as suas dificuldades. O trabalho deve ser sempre feito pelas crianças.
  4. Avaliação: Serão avaliados, pelas crianças, o objectivo, o planeamento, as actividades e o resultado final. Com a ajuda e orientação do educador/professor, as crianças farão uma análise do seu trabalho, apresentando críticas e comentários apropriados sobre o projecto.
  5. Culminância: É o atingir do objectivo básico do projecto através de uma apresentação, exposição, exibição do resultado obtido.

O educador/professor deve facilitar a integração dos conteúdos dos diversos materiais e oferecer oportunidades para o exercício da liberdade e uso de direitos. A criança aprende fazendo e a aprendizagem é mais consistente e duradoura.
A função do educador/professor é a de orientador, sensibilizador, conselheiro, desafiador, em que exerce e controla as actividades, avaliando as crianças e o seu próprio desempenho.
Uma discussão na sala pode ser uma forma de avaliar um projecto, dando oportunidades para reflectir sobre a contribuição e a validade do projecto.
A avaliação deve ser constante, através de observações, actividades, participação e colaboração.


In Colecção Dia-a-Dia do Professor Volume 3 1º Período

terça-feira, 12 de abril de 2011

brincar é forma de currículo!!!!

http://www.youtube.com/watch?v=2P1Q_MIKDUM

Ficha fílmica do "Menino Selvagem"




Curso:
Complemento de Formação Científica e Pedagógica para Educadores de Infância
Unidade Curricular:
Teorias do Currículo e desenvolvimento curricular
Professor:
Carlos Jorge De Sá Pinto Correia
Aluno(a):
Sónia Cláudia Pereira  Vilaça
Obra cinematográfica:
“O menino Selvagem”


Grelha de Observação e Análise de Sequências Fílmicas
Considere as sequências de imagens como…
uma linguagem; um produto histórico e um veículo de comunicação


Ficha Técnica
Titulo: “L’enfant sauvage”
Realizador: François Truffaut
Interpretação: François Truffaut (Dr. Jean Ttard), Jean-Pierre Cargol (Victor de
l’Aveyron), Françoise Seigner (Mme Guérin)., Paul Villé (o velho Rémy), Jean
Dasté (Philippe Pinel), Claude Miller (Sr. Lémeri), Annie Miller (Mme Lémeri),
Mathieu Shiffman (Mathieu), René Levert (Comissário), Pierre Fabre (enfermeiro),
Nathan Miller (o bebé Lémeri), Jeam Mondaroux (lê médicin de Jean Itard)
Produção: Marcel Berbert e Claude Miller para "Les Films du Carrosse e Lês
Artistes Associes'
Montagem: Agnés Guillemot
Música: Antómo Vivaidi, em interpretações dirigidas por Antoine Duhamel
Argumento e diálogos: François Truffaut e Jean Gruault baseado em "Mémorie
et Rapport sur Victor d’Aveyron de Jean Itard (1806)"
Director de fotografia: Nestor Almendros
Operador de camera: Philippe Theaudiere
Decoração e guarda roupa: Jean Mondaroux e Gin Magnini
Som: René Levert
Exteriores: Auvergne (paisagem natural)
Gravação/Filmagem: Julho/Agosto 1969
Cópia da Cinemateca Francesa, em 35 mm, preto e branco, versão original sem
legendas
Duração: 86 minutos
Estreia Mundial: Paris, 26 de Fevereiro de 1970 nas salas. Concorde, Bilboquet,
Club 15, Quartier Latin, Lumière (Estreia em Portugal: Estúdio 444, 28 de Abril de
1971)
Prémios: Palma de Ouro do Festival Valladolid, Christopher Award, Fémina
Belge.

Análise Globalizante
Exposição das
ideias principais

Este filme visa realçar que recebemos a natureza por herança, mas a cultura
não nos pode ser dada senão pela educação e o contacto com seres da mesma espécie.



Apresentação dos
aspectos positivos / negativos

Para mim os aspectos positivos são o facto de o menino ter conseguido sobreviver a tantas provas duras que viveu desde que foi abandonado até ter sido encontrado e a dedicação do Psiquiatra a este caso e ao Victor.
Constatou-se que a criança conhecia apenas quatro coisas: dormir,
comer, não fazer nada e correr pelos campos.A sociedade foi “cruel” para esta criança.
Pertinência pedagógica
Foi importante na medida em que foi observada e avaliada uma criança numa situação fora do seu “habitat natural” o que permitiu enriquecimento pedagógico e conclusões importantes no que diz respeito á importância máxima da sociedade e cultura na vida humana.
Palavras-chave

Educação, sensibilidade, sociabilidade e sobrevivência
Análise Concentrada
Descrição do contexto e das situações/ reconstrução da temática (história)


Num dia de Verão, numa floresta francesa, foi encontrada e capturada
por caçadores uma criança selvagem. Levada para Paris, foi observada pelo mais
célebre psiquiatra da época, Pinel, que a considerou como um idiota irrecuperável
e pelo jovem médico Itard que, ao contrário, considerou ser possível recuperar o
atraso provocado não por inferioridade congénita mas pelo seu isolamento total.
Para provar a veracidade das suas razões, Itard pediu a tutela desta criança.
Assim, na sua casa em Batignoles, com a ajuda da sua governanta, Mme Guérin,
iniciou a difícil tarefa de desenvolver as faculdades dos sentidos, intelectuais e
afectivas de Victor, nome pelo qual se passou a chamar esta criança. Victor foi submetido a vários exercícios que permitiam tentar estimular e desenvolver todas as capacidades que estavam até então completamente “inutilizáveis”.







Auto-avaliação
È um filme sem dúvida excelente de apoio às aulas sobre «cultura» e «socialização». Fez-me pensar o quanto é importante a afectividade, o contacto e a interacção com todos os que nos rodeiam para um equilíbrio mental e físico. No entanto também concluo que o ser humano é possuidor de uma força que ultrapassa barreiras que pensamos não ser possível….mas é… e a história deste menino é  prova disso pois conseguiu sobreviver e adaptar-se a um mundo “impróprio” para seres humanos, e com apenas 4 anos. É algo impressionante…